Há muito tempo eu não posto nada aqui. Mas nunca deixei de vir, de ler, de participar - mesmo que distante. Acontece que fui vendo meus amigos escreverem coisas cada vez mais profundas e algumas vezes bastante doloridas. E percebi que enquanto Débora e Wendel escreviam suas tragédias e medos, coisa que poucos sabem fazer, eu continuava fazendo pequenas crônicas da vidinha mesma que eu levo.
Tudo mudou, é verdade. Mas tudo insiste em ser igual. A vida é mesmo uma enorme antítese (ou, quem sabe, um oxímoro!) e a falsa ideia de que tudo é sempre tão grande e importante faz com que a gente se sinta também grande e importante. E me faltava essa importância, essa grandeza pra me juntar a voz dos que lutam, procuram, sentem tanto e tão profundamente!
Há muito tempo não encontro palavras para escrever ao lado dos meus amigos. Nós sempre fomos muito diferentes. E hoje, tanto tempo depois, tenho a certeza que somos os mesmos e somos extremamente diferentes, mas somos nós e temos uma dádiva que não se resume a este blog, mas que paira sobre nós aonde quer que estejamos.
Temos um ao outro mesmo que a geografia insista em dizer o contrário e mesmo que não nos falemos mais todos os dias, mesmo que o conhaque ou o vinho do sábado não seja mais compartilhado e mesmo que às vezes sequer nós mesmos percebamos essa presença sempre tão discreta e tão forte que é a amizade.
Sinto-os comigo, queridos. Sempre. Infelizmente de uns tempos pra cá sua presença tem nome: saudade.
Mas ainda há muito para vivermos e não interessa se eu estou no interior e cada um de vocês em um litoral, com um oceano inteiro nos unindo... Sim, unindo. Pois não há nada que possa nos separar.
s2
"Tenho amigos para saber quem eu sou."
ResponderExcluirAdoooroo esse texto.
Estou com saudade daquelas conversas intermináveis e das filosofias baratas na Ribeira.
Cadê vc?
Lindo! O texto e o sentimento! Vocês merecem essa amizade.... e que esse Oceano continue unindo vocês! s2
ResponderExcluir