Sentindo... saudade!

Eu entendo que as pessoas não gostem muito dela, ela causa uma dorzinha ruim e inexplicável, ela nos faz chorar, ela nos faz pensar. É, essa tal de saudade é mesmo muito difícil. Cresci ouvindo que ela só existe dessa forma na língua portuguesa. Claro que não o sentimento, mas a palavra, o termo que resume em poucas letras um turbilhão de sentimentos e emoções. Fico imaginando o tamanho da responsabilidade dessas sete letras.

E se sabemos que é um sentimento, é inútil tentar explicar, não é mesmo, minha gente? Mas isso não me impede de divagar horas e mais horas sobre o assunto. Em um desses momentos de filosofia leiga e barata, cheguei a conclusão de que sentir saudade não é uma coisa totalmente ruim.

Calma, eu explico! Só se sente saudade daquilo que se ama, daquilo que causa felicidade e daquilo que merece ser lembrado. Então, sentir saudade já é a certeza de que alguma coisa valeu a pena. Além disso, matar a saudade é uma delícia! Aquele abraço apertado, horas de conversa, beijos, carinhos, presentes e sorrisos. Bom demais, não é?

Claro que quando se passa mais tempo sentindo saudade que a matando, a coisa fica meio feia. Isso porque sentir saudade é também se sentir um pouco órfão das coisas que significam segurança, é buscar na memória os momentos que se eternizaram para arrumar forças e seguir em frente. E é também buscar a certeza de que aquelas coisas boas não mudaram ou, se mudaram, alimentamo-nos da certeza de que aconteceram.

Entregar-se à saudade e senti-la com toda a força não significa que se está jogando fora o presente. Talvez signifique simplesmente que a voz ao telefone ou as fotos guardadas não sejam suficientes. Ou ainda, que nós, seres humanos, profissionais na arte da imperfeição, precisemos de todos os sentidos para nos sentirmos amados e acolhidos. Mais que ver e ouvir, precisamos sentir o calor, o perfume, o sabor...

*Mais uma Thescontrolada se apresentando...

Isso é sempre um convite, baby ;]

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